CampinasCultura e Lazer

Crie como quem Luta traz websérie exclusiva e debate online

Projeto do Coletivo Caju Cultura de Campinas realiza de 12 a 16 de abril a produção de conteúdos exclusivos. Confira programação

O projeto “Crie como quem Luta”, idealizado e produzido pelo Coletivo Caju Cultura, de gestoras, produtoras e artistas de Campinas, realiza de 12 a 16 de abril a produção de conteúdos exclusivos em diferentes linguagens artísticas: além de um debate inicial sobre Gestão Cultural, o projeto traz uma websérie em quatro episódios, gravados para a programação, com artistas da música, dança, teatro e circo, em parceria com criadoras do audiovisual. Todas as atividades são gratuitas e acontecem pelo YouTube, sempre às 19h. O projeto foi contemplado pela Lei Aldir Blanc e tem o apoio da Secretaria Municipal de Cultura de Campinas.

Idealizado por Júlia Conterno e Juliana Kaneto, da Caju Cultura, o projeto dá destaque às mulheres que atuam na área cultural, sem hierarquia entre as profissionais dos holofotes e bastidores, propondo um espaço de troca afetiva, criativa e fortalecedora entre as envolvidas. “Quisemos trazer a contribuição criativa de todas as profissionais do fazer artístico, estando em cena ou não”, explica Júlia.

Além das artistas da música, circo e dança, o Crie como quem Luta traz mulheres das áreas de comunicação, design gráfico, audiovisual e financeiro. “Antes mesmo de elaborar a programação artística, escolhemos a ficha técnica pensando na potência deste encontro entre tantas mulheres criativas e competentes, em diferentes áreas de atuação”, finaliza Juliana.
 

Programação Crie como quem Luta

12 de abril, às 19h
Debate “Gestão Cultural com estômago, punho e coração”, com Laís Almeida
(Gestora Cultural), Juliana Kaneto e Júlia Conterno (Caju Cultura), mediação de
Paula Ferreira (Criadora Digital)
Encontro online de mulheres trabalhadoras da cultura para debater alguns recortes da realidade em que atuam, considerando os diferentes desafios e opressões que
atravessam cada uma de nós. Quais as formas de enfrentamento? Como as diversas coletividades têm se organizado para se fortalecer e criar práticas cotidianas que reverenciam a vida?
 
13 a 16 de abril, às 19h
Websérie Crie Como Quem Luta
Websérie composta por quatro episódios, com números criados por mulheres da música, dança, teatro, circo, em parceria com a área de audiovisual. No processo de criação dos vídeos, todas se entregaram para a experiência do encontro, inspiradas por três verbos: alimentar, criar, lutar. Classificação etária: Livre
 
Episódio 1 – Música
13 de abril, às 19h
“Raia: a celebração da margem”
Com Graciela Soares (voz, percussão e composição da música “Alimento”) e Esther Alves (flauta, sanfona, voz e composição das músicas “Teus Olhos Mel” e “Vida Cheirosa” e da letra de “Alimento”). No vídeo, as compositoras e instrumentistas mostram a sua maneira de reconhecer que são um pouco árvore, um pouco rio e um pouco luz. Uma celebração ao tempo que alimenta. “Raia” é um verbo, e é não só “limite” mas também “medida”, “estria” e “divisa”. Por isso celebram o ato de gestar – filhos e projetos – e de ser gestada.
 
Episódio 2 – Teatro
14 de abril, às 19h
“Atrás do Ladrilho”
SINOPSE:
Texto, direção e atuação de Cristiane Taguchi e Juliana Saravali. Duas mulheres em suas casas. Um encontro e alguns depoimentos cotidianos recheados de filosofias breves.
O que você tem feito para se alimentar?
 
Episódio 3: Dança
15 de abril, às 19h00
“Terra Mãe”
Com Cris Ribeiro e Mariana Jorge, o episódio traz o mito “Onilé”, inspirado no livro Mitologia dos Orixás, de Reginaldo Prandi. Trecho: “entrar na terra pra sentir seu ventre/criar forças para renascer com ela/acariciar o chão pra existir nele/curar, transmutar, viver”.
 
Episódio 4: Circo
16 de abril, às 19h00
“Revoar”
Com Fernanda Jannuzzelli e Débora Ishikawa. Quando o que parece o fim é um recomeço, com a corda da forca cria-se um novo laço e da queda do ninho faz-se um passo de dança. Aprende-se que nutrir vai muito além de dar comida e que, como bem disse Guimarães Rosa, “amar é a gente querer se abraçar com um pássaro que voa.”