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Comércio em Campinas cresce 9,2% em agosto

Cidade também registrou saldo positivo de empresas abertas de acordo com a ACIC; Setor de Bares e Restaurantes começa a crescer

foto: divulgação / PMC – O Comércio em Campinas apresentou crescimento vigoroso em agosto. Com o avanço da vacinação e os casos de coronavírus diminuindo, a cidade de Campinas encerrou agosto com saldo positivo de 462 empresas abertas, resultado das 735 empresas ativadas contra 273 negócios encerrados no mês. No acumulado do ano, o saldo também é positivo, com 2.587 novos negócios abertos. De janeiro a agosto de 2001, a quantidade de empresas abertas aumentou 63,77% na comparação com o mesmo período de 2020.

O percentual de empresas encerradas nos oito primeiros meses do ano também cresceu, registrando 13,5%. Os dados são da Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp), com avaliação do economista Laerte Martins, diretor da Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC).

Avaliação do comércio em Campinas
Comércio em Campinas
Avanço da vacinação e queda no número de casos da pandemia foram decisivos para a retomada do comércio em Campinas

Os dados de agosto de 2021 da Boa Vista – SCPC, avaliados em função do nível de faturamento, apresentaram uma elevação de 9,2% em relação ao mesmo mês de 2020 e de 11,06% em relação a julho deste ano. O economista Laerte Martins, diretor da ACIC, destaca que, em agosto, a movimentação das vendas do Dia dos Pais, que cresceu 25,5% na comparação com 2020, contribuiu para os resultados positivos. “A partir de maio de 2021, quando as atividades não essenciais do comércio varejista começaram a ter ampliados os horários de funcionamento e houve avanço na aplicação das vacinas contra a Covid-19, os volumes de vendas passaram a ser maiores do que os registrados em 2020: o faturamento de maio, no comparativo com o mesmo mês do ano passado cresceu 1,75%; o de junho, 6,1%, o de julho 8,7% e, em agosto, 9,2%. Esse crescimento foi bem acima do registrado no País, que foi de 1,2%.

“No acumulado do ano (janeiro a agosto de 2021), o comércio varejista da Região Metropolitana de Campinas começou a reverter a perda de R$ 79,3 milhões nos sete primeiros meses e registrou um ganho de R$ 135,9 milhões no faturamento de vendas no comércio e serviços. No período de janeiro de 2020 a agosto de 2021, a perda foi reduzida a R$ 5,3 bilhões, considerando esses R$ 135,9 milhões de receita dos oito meses deste ano”, explica Laerte Martins.

Considerando apenas as vendas físicas, o faturamento em Campinas, em agosto de 2021, foi de R$ 1,146 bilhão, que representam 109,2% na comparação com agosto do ano passado. Na RMC, o faturamento foi de R$ 2,729 bilhões, também significando 109,2% com agosto de 2020.

Comércio em Campinas
Comércio em Campinas: o destaque também é para o setor de Material de Construção, que cresceu 6,9%

Nas vendas de Bens Não Duráveis, o setor de Supermercados evoluiu 10,5%, o de Postos de Combustíveis, 9,2% e o de Drogarias e Farmácias 6,2%. Nas vendas de Bens Duráveis, o destaque é para os setores de Material de Construção, que cresceu 6,9%, e o de Vestuário, com aumento de 2,2%, na comercialização de produtos.

Nas vendas de “Serviços”, o setor de Bares e Restaurantes começa a crescer, com 1,8% de aumento em agosto de 2021. Já o setor de Turismo e Transportes, ainda em queda, sofreu redução de 0,95%) no mês passado. Nas vendas digitais do varejo (e-commerce), a expansão foi em 25,2%, elevando o faturamento de R$ 123,9 milhões registrado em julho para R$ 155,1 milhões, em agosto.

Inadimplência – Comércio em Campinas

A inadimplência no comparativo agosto de 2021 com agosto de 2020, teve uma pequena elevação de 1,12%, gerando 188.426 carnês/boletos não pagos, que correspondem a R$ 135,7 milhões em valores de endividamento dos consumidores de Campinas. Na RMC, foram registrados 448.633 carnês/boletos não pagos, correspondendo a R$ 323 milhões.

“A evolução do varejo em Campinas e Região demonstra uma melhora graças à intensificação do processo de vacinação. Mas, por outro lado, as instabilidades política e econômica começam a fluir negativamente em todo o processo produtivo do país, com reflexos na redução do Produto Interno Bruto (PIB) para valores abaixo dos 4,5% projetados para 2021, podendo cair para 2% até o final do ano”, explica o economista.