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A longevidade dos pets requer cuidados diferenciados

Foto de Christian Domingues no Pexels O desejo de ter a convivência com pet por mais tempo tem se tornado cada vez mais realidade atualmente, porém é preciso se atentar que com os pets vivendo mais as suas necessidades mudam e é importante entender e se adaptar à essas mudanças.

Um envelhecimento saudável, livre de doenças e sem o uso de medicações, também traz consigo alterações comportamentais normais e esperadas, que estão relacionadas ao declínio cognitivo e sensorial do pet, assim como a redução de energia e vivacidade para as ações do dia a dia. Não espere aquela vivacidade e excitabilidade que o pet tinha anos atrás quando alguém chegava em casa, tampouco a curiosidade e empolgação para brincar ou explorar novos ambientes. O sono fica mais perturbado, o ato de comer é mais lento, e alguns comandos podem ser ignorados… tudo isso é esperado no processo de envelhecimento dos pets.

Alguns cuidados relevantes para garantir uma velhice segura para os nossos companheirinhos de quatro patas são mais do que necessários, e envolvem principalmente os cuidados com a saúde física e emocional, além de ajustes no ambiente e na dieta.

A Dra.Dani Ramos, médica veterinária comportamentalista, explica de forma mais detalhada as alterações esperadas em um envelhecimento saudável do pet e como podemos ajudar nossos animais a passarem por esta fase da vida de forma tranquila e confortável:

1 – Mais idas ao veterinário – longevidade dos pets

Os animais idosos precisam ir ao veterinário pelo menos duas vezes ao ano para realizar exames de acompanhamento da saúde física e psicológica do pet. “O médico veterinário precisa estar mais perto, mais presente, e o tutor precisa relatar com mais detalhes os comportamentos e os sintomas do animal. Existe uma série de exames que precisam ser feitos com uma maior frequência nos pets idosos. Algumas mudanças de comportamento trazem junto o diagnóstico de doenças físicas, que são comuns nessa faixa etária, e quanto mais cedo for iniciado o tratamento, melhores são os resultados”, conta Dani.

Além das doenças físicas mais comuns nesta época da vida, alguns animais podem apresentar alterações comportamentais relacionadas ao envelhecimento cerebral mais pronunciado, como a disfunção cognitiva (o Alzheimer canino).

“Animais que apresentam um envelhecimento cerebral mais pronunciado, mais acelerado, apresentam alterações comportamentais mais significativas e perceptíveis, como alteração de personalidade, uma grande agressividade, um medo que virou fobia, problemas graves de ansiedade de separação quando o cão não tolera mais ficar sozinho… tudo isso precisa ser investigado pelo veterinário clínico geral e pelo veterinário comportamentalista. É um trabalho em conjunto para que o pet passe por um processo de envelhecimento saudável, ou o mais saudável possível”, alerta.

2 – Cuidados com o Ambiente
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Adaptar o ambiente é uma etapa necessária para a nova realidade do pet, facilitando o seu acesso à água, ao alimento e ao local onde ele deve fazer suas necessidades.

‘É importante pensar em como o ambiente pode se tornar mais seguro e facilitar a locomoção do pet, o conforto dele, sinalizar através do uso de tapetes para que ele sinta com as patinhas onde está indo, com sons e cheiros para que ele saiba por onde está passando. Esses estímulos ajudam muito! E precisamos pensar na segurança deles também, então sempre tomar cuidando com rampas e escadas, isolar bem as piscinas e os acessos para a rua, por exemplo”, explica Dani.

Além disso, evitar a mudança de móveis, redecorar a casa e realizar mudanças também é importante. Essas mudanças, ainda que pareçam pequenas e quase irrelevantes, estressam o animal e podem gerar confusão.

“Outro ponto que faz a diferença nessa fase do pet é que precisamos adequar a nossa linguagem com eles para que a nossa comunicação fique mais clara, e parar por completo qualquer tipo de bronca, punição ou castigo, que nunca deveria existir. E adequar também os estímulos mentais e físicos: manter os passeios manter os passeios frequentes, porém mais curtos e sempre interessantes para o cão, estimular as brincadeiras com os gatos, sempre adequando à personalidade do nosso idoso. Somos nós que precisamos nos adequar a eles, e não o contrário”, continua.

3 – Cuidados com a dieta

Uma dieta equilibrada e bem pensada para os pets idosos é aquela que atende todas as necessidades desta fase da vida, fornecendo nutrientes e minerais responsáveis não apenas por alimentar, mas também por contribuir com a saúde integral do pet.

Buscar uma dieta adequada para o idoso é muito importante, e na maioria das vezes é necessário entrar com suplementos para poder fornecer à ele tudo o que é necessário para suprir suas necessidades nutricionais. Suplemento à base de ômega-3 com antioxidantes ou também que contenha triptofano na sua composição, pode ajudar na proteção e manutenção da saúde em geral e principalmente do sistema nervoso dos animais.

O triptofano é um aminoácido utilizado pelo cérebro junto com vitaminas e minerais para a produção de serotonina, neurotransmissor relacionado ao humor e bem-estar, popularmente conhecido como hormônio da felicidade. Já os benefícios do ômega-3 são conhecidos mundialmente na medicina humana e na veterinária, reduzindo inflamações, protegendo contra doenças vasculares, melhorando a musculatura, auxiliando no funcionamento cerebral e ajudando inclusive a prevenir contra o Alzheimer.

Fonte: Avert Saúde Animal

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