5 receitas para aproveitar o mês com alimentos típicos
Mandioca, baru, pequi, couve e espinafre são ingredientes de deliciosas receitas regionais para aquecer seu inverno
Junho traz o inverno e festas regionais, que tomam o interior do País, com muitas comidas que usam e abusam dos alimentos tradicionais
Por isso, selecionamos receitas com ingredientes essenciais para a vida do nosso povo, como a mandioca, e preparações típicas que tomam o País de Norte a Sul, como o angu. Não perca essa oportunidade de ficar com preparações caseiras, dispensando as industrializadas.
Siga a regra de ouro do Guia Alimentar para População Brasileira. A regra que facilita a observação das quatro recomendações gerais feitas no Guia: prefira sempre alimentos in natura ou minimamente processados e preparações culinárias a alimentos ultraprocessados. e mergulhar de vez na brasilidade do mês de junho, dando preferência aos alimentos in natura e minimamente processados
Couve – Herbácea perene de caule ereto, a couve emite novas folhas continuamente ao redor do caule. Propaga-se por semente ou por plantio do broto lateral, forma mais comum. Apresenta folhas firmes, que desidratam com menor facilidade que a alface. No entanto, tornam-se amareladas com facilidade. É muito rica em nutrientes, especialmente cálcio, ferro e vitaminas A, C, K e B5. Pode ser consumida crua, em sucos e saladas, refogada ou como ingrediente de sopas, farofas e cozidos.
Caldo-verde
Ingredientes
Cebola 5 unidades pequenas;
Alho 3 dentes;
Batata-inglesa 6 unidades;
Azeite 1 colher de sopa;
Linguiça calabresa 1 unidade;
Água 6 xícaras de chá;
Sal 2 colheres de chá;
Couve-manteiga 1 maço;
Rendimento: 3.000 g 10 porções Porção: 280 g 2 conchas grandes.
Modo de preparo
1. Picar a cebola e o alho;
2. Em uma panela de pressão, cozinhar as batatas por 20 minutos em água;
3. Descascar as batatas e amassar como purê;
4. Em outra panela, aquecer o azeite e dourar a cebola, o alho e a linguiça cortada em rodelas finas;
5. Acrescentar a batata amassada com a água e o sal e cozinhar por 15 minutos;
6. Adicionar a couve e deixar ferver por mais 3 minutos.
Mandioca – também conhecida como macaxeira ou aipim, constitui um dos principais alimentos energéticos utilizados no Brasil, devido à sua rusticidade e ampla adaptabilidade. Mais de 80 países a produzem e o Brasil participa com mais de 15% da produção mundial. De fácil adaptação, é cultivada e consumida em todos os estados brasileiros, situando-se entre os nove primeiros produtos agrícolas do País.
Nas regiões Norte e Nordeste, troca com frequência o arroz na mistura com o feijão. Em algumas regiões do Brasil, a mandioca cozida e a tapioca, feita com a goma da mandioca (polvilho), são consumidas no café da manhã como substitutos do pão.
Pão de Macaxeira
Ingredientes
Mandioca 3 pedaços médios;
Água 3 e 1/2 xícaras de chá ;
Fermento fresco 2 tabletes;
Açúcar 1 colher de café;
Farinha de trigo 3 xícaras de chá;
Ovo 2 unidades;
Óleo 3 colheres de sopa;
Sal 2 colheres de chá.
Modo de preparo
1. Descascar e cozinhar a mandioca em água;
2. Amassar a mandioca até obter um purê e reservar;
3. Misturar o fermento com o açúcar, 50 g de farinha de trigo e 120 ml da água do cozimento da mandioca;
4. Deixar dobrar de tamanho;
5. Acrescentar ao purê de mandioca o ovo, o óleo, o sal e a massa fermentada;
6. Adicionar a farinha aos poucos (dependendo da mandioca e da farinha de trigo, essas quantidades podem ser modificadas);
7. Sovar a massa até que fique bem lisa;
8. Deixar fermentar mais uma vez para dobrar o tamanho e modelar as bolinhas;
9. Untar uma forma retangular, enfarinhar e deixar que os pãezinhos dobrem mais uma vez de tamanho;
10. Assar os pães em forno preaquecido (180 °C) até dourar.
Rendimento: 1.500 g 30 unidades Porção: 50 g 1 unidade.
Baru – o baruzeiro, que é uma leguminosa arbórea, oferece um fruto de casca fina no qual se esconde uma amêndoa dura e comestível. Quando maduros, os frutos caem com facilidade da árvore. O baru tem alto valor nutricional, superando os 26% de teor de proteínas encontrados no coco-da-baía.
A amêndoa é rica em cálcio, fósforo e manganês, contém 45% de óleos e o valor proteico e o gosto se assemelham aos do amendoim. As sementes ou amêndoas dessa espécie fornecem óleo de primeira qualidade. A composição dos ácidos graxos desse óleo revela teor relativamente alto de ácido linoleico.
A polpa do Baru pode ser consumida ao natural ou na forma de geleia e licor. Para retirar a amêndoa do baru, é necessário quebrar o caroço, que é muito duro. Recomenda-se quebrar apenas os frutos cujas amêndoas deslizam no seu interior. A amêndoa pode ser comida crua ou torrada e, nesse último caso, substitui com equivalência a castanha-de-caju, servindo como ingrediente em receitas de pé de moleque, rapadura e paçoquinha e para enriquecer pães, bolos, sorvetes e acompanhar aperitivos.
Arroz com Baru
Ingredientes
Óleo 1 colher de café;
Cebola ½ unidade média;
Alho 1 dente;
Arroz 1 xícara de chá;
Água 1 xícara de chá;
Sal ½ colher de chá;
Baru descascado 1/4 xícara de chá.
Modo de preparo
1. Colocar o óleo na panela aquecida, acrescentar a cebola picada, refogar e, quando estiver transparente, adicionar o alho picado;
2. Acrescentar o arroz e refogar;
3. Quando o arroz estiver branco-opaco, acrescentar a água fervente e o sal;
4. Tampar a panela e, quando a água secar, misturar com o baru em pedaços.
Rendimento: 625 g 5 porções Porção: 105 g 2 colheres de sopa
Pequi – É uma árvore que pode atingir mais de 10 m de altura ou ter porte pequeno por causa da baixa fertilidade do solo ou de fatores genéticos. O fruto é uma drupa, contendo de um a quatro caroços, podendo atingir até seis. O pequizeiro é nativo em cerradão distrófico e mesotrófico, cerrado denso, cerrado sentido restrito e cerrado ralo. Ocorre em regiões de boa luminosidade e de menor fertilidade natural do solo, clima subtropical ou tipicamente tropical, com estação seca bem definida.
Os frutos iniciam a maturação em meados de novembro, prolongando-se até o início de fevereiro, alcançando a maturidade três a quatro meses após a floração. A “casca” do fruto do pequizeiro, processada em farinha, apresenta valores em lipídios, proteínas, carboidratos totais e fibra alimentar de, respectivamente, 1,54%, 5,76%, 50,94% e 39,97%.
A polpa de pequi contém de 70,9 mg/100 g a 105 mg/100 g de vitamina C, valores acima dos da laranja, da goiaba, da banana-d’água e da maçã argentina, sendo o valor máximo superior ao suco de limão. A polpa e a amêndoa do pequi contêm 267,9 kcal/100 g e 317 kcal/100 g, respectivamente, constituindo uma fonte rica de calorias.
O fruto do pequi é usado para fabricação de licor, e a polpa é consumida com arroz, feijão, galinha ou batida com leite e açúcar. Você sabia que do pequi também se extraem dois tipos de óleo: um a partir da polpa (40%-55%), considerado como verdadeiro substituto da banha e do toucinho; e outro extraído da amêndoa (40%), utilizado no preparo de cosméticos, por ser delicado e perfumado.
Galinhada com pequi
Ingredientes
Frango inteiro ½ unidade;
Sal 3 colheres de chá;
Pequi 10 unidades;
Água 2 ½ xícara de chá;
Cebola 1 unidade pequena;
Alho 4 dentes;
Arroz 1 ¼ xícara de chá;
Louro 1 folha.
Modo de preparo
1. Cortar o frango em pedaços e retirar a pele;
2. Temperar com metade do sal e assar em forno médio (180 °C) por 30 minutos;
3. Lavar o pequi e cozinhar em água fervente por 20 minutos. Reservar a água da cocção;
4. Em uma panela, dourar o frango sem acrescentar o óleo;
5. Acrescentar a cebola e o alho picado;
6. Adicionar o arroz e cozinhá-lo com a água de cocção do pequi;
7. Adicionar o sal, o louro e o pequi e cozinhar por 40 minutos ou até que o arroz fique macio.
Rendimento: 1.415 g 10 porções Porção: 140 g 3 colheres de sopa
Espinafre – É rico em vitamina A e em vitaminas do complexo B, além de sais minerais, principalmente ferro. Recomenda-se a semeadura em bandejas para posterior transplante. Suas folhas devem ser colhidas antes do florescimento, que ocorre nas axilas das folhas, podendo-se realizar cortes sucessivos, os quais estimulam a produção de novas folhas.
O espinafre pode ser cultivado numa ampla faixa de temperatura, mas
produz melhor sob temperaturas amenas (entre 15 °C e 25 °C). Uso
culinário pode ser consumido cru, em saladas, ou refogado, na preparação
de sopas, cremes, molhos, tortas, massas, arroz, omeletes e até em
sucos. Os talos podem ser utilizados em sopas ou no feijão.
O
espinafre desidratado em pó é um produto amplamente utilizado na
obtenção de massas alimentícias verdes. Pode ser utilizado em espaguete,
nhoque, pães, tortas salgadas, panquecas. Sua utilização evita o uso de
corantes artificiais e ainda aumenta o valor nutritivo dos alimentos.
Angu com Espinafre
Ingredientes
Espiga de milho 2 unidades;
Água 1 e 3/4 xícaras de chá;
Cebola 1/2 unidade média;
Óleo 1 colher de sobremesa;
Espinafre 1/3 do maço;
Sal 4 g 1 colher de chá cheia.
Modo de preparo
1. Bater o milho com a água e reservar;
2. Refogar a cebola picada no óleo e acrescentar o espinafre limpo e rasgado em pedaços;
3. Colocar o milho batido e o sal e cozinhar em fogo baixo, mexendo sempre, por 12 minutos.
Rendimento: 635 g 5 porções Porção: 120 g 2 colheres de servir