Paciente que ficou mais tempo internada com Covid-19 recebe alta do Hospital Ouro Verde
Maria Cristina Alves da Silva ficou 97 dias internada e sua alta foi comemorada pela família e profissionais da unidade
fotos: divulgação – Depois de 97 dias internada no Hospital Ouro Verde, Maria Cristina Alves da Silva, de 61 anos, teve alta ontem, dia 22 de outubro, recuperada da Covid-19. Maria Cristina foi a paciente que ficou por mais tempo internada em um hospital municipal com o novo coronavírus. Dos 97 dias, 85 foram na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
A saída da paciente foi comemorada com balões e salvas de palma de familiares e profissionais do hospital. Segundo o marido Nilton Cruz, que é representante comercial, Maria Cristina foi internada em 15 de julho depois de sentir falta de ar e dor no corpo. Ela tem diabetes e pressão alta, comorbidades que podem agravar o quadro. Segundo o secretário Municipal de Saúde, Carmino de Souza, “foi o caso mais longo de internação por Covid em um hospital municipal”.
Maria Cristina, aposentada e mãe de três filhos, tem cinco netos e uma bisneta e, segundo o esposo, vê a recuperação como uma vitória muito grande que deve ser compartilhada para servir de exemplo de que é possível sobreviver à doença.
A atenção recebida no hospital foi elogiada por Cruz: “Não tenho o que dizer, a não ser elogiar os profissionais que foram muito competentes e atenciosos o tempo todo. Foram 90 e poucos dias sem poder vê-la e contando com as informações passadas. Os profissionais da psicologia e da assistência social, além dos médicos me trataram muito bem como familiar”.
A coordenadora da UTI do Hospital Ouro Verde, a médica intensivista Michele Battaiola, ressalta que a internação prolongada requer um cuidado pela equipe como um todo, que vai além do paciente, e inclui também o cuidado com a família que, por não poder visitar o paciente, é informada diariamente sobre o quadro clínico, levando em conta “como é difícil ficar todo esse tempo longe de um ente querido”.
Segundo a médica, mesmo passando por várias intercorrências, com momentos em que foi preciso comunicar a família sobre a piora do quadro clínico, a boa resposta ao tratamento e ao cuidado intensivo levou à paciente a receber alta. “É muito gratificante presenciar a alta da paciente após vencer uma doença grave com chance de óbito elevada. Casos como esse nos mostram o resultado do nosso esforço principalmente no contexto atual de uma pandemia. Isso nos motiva a continuar fazendo nosso melhor pensando sempre na recuperação do paciente”.