Evento gratuito, mês do Autismo, dia 20 de abril no Iguatemi
Marcelo Tas é um dos convidados da Clínica Grupo Conduzir, que reúne comunicadores, profissionais da saúde e pessoas com autismo em bate-papo sobre inclusão
Foto: Unicef / ONU – No mês do autismo, o tema ganha projeção e tem sido cada vez mais objeto de discussão da mídia. A divulgação das narrativas que envolvem o tema sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) nos mais variados canais de comunicação, resultam em contextos e informações que refletem diretamente no dia a dia das pessoas com autismo e familiares que convivem com esses indivíduos.
A mídia, os meios de comunicação e, nos últimos anos, as redes sociais e os chamados “influenciadores”, assumem um papel importante nas concepções compartilhadas sobre o autismo no país.
E será que realmente a informação disseminada pela mídia tem gerado a inclusão de pessoas com autismo?
O questionamento acima deu origem ao tema do Evento gratuito “Autismo na Mídia: informação e conhecimento como forma de inclusão”, para comemorar o Mês Mundial de Conscientização do Autismo. O encontro acontece no Teatro Oficina do Estudante, no Shopping Iguatemi. Marcelo Tas é um dos convidados da clínica Grupo Conduzir, idealizadora do evento, para comandar o bate-papo sobre o Mês do Autismo.
Mês do Autismo – Informação que não gera inclusão: na voz de quem vivencia
A construção midiática sobre o autismo precisa estar pautada na participação do próprio indivíduo com TEA, somente assim é possível criar a legitimidade da informação. A visibilidade a partir desse viés gera a representatividade e a identificação do autismo, que vai se entender como parte de um grupo. Assim como explica a psicóloga Júlia Sargi:
“A questão do pertencimento é essencial para qualquer ser humano. E a forma como a gente constrói essa representação é que temos que tomar cuidado. A mídia precisa dar voz a essas pessoas que estão sendo representadas. Elas precisam ter cara, porque uma das formas de se desmistificar o autismo, é mostrando que essa pessoa tem um rosto. Quando você dá voz, você humaniza a pessoa, e assim, é possível aproximar o interlocutor.
Flávia Poppe é economista, tem 62 anos, e é mãe de Nicolas Poppe, estudante, de 30 anos, diagnosticado com autismo. Ela comenta que a informação disseminada muitas vezes tem gerado certa confusão. E que a oferta infinita de informações, que não vem acompanhada de critérios para discernimento, pode levar pessoas com pouca instrução e crítica para caminhos não desejáveis e, pior, que comprometem o futuro das pessoas com autismo
Intervenção e Terapia ABA: uma forma de inclusão
A terapia ABA (Análise do Comportamento Aplicada) é conhecida como a mais eficaz no desenvolvimento de indivíduos atípicos. Tem sido utilizada em diferentes populações e áreas, incluindo autismo, transtornos do neurodesenvolvimento, educação, organizações, saúde mental. Por mais de 50 anos, indivíduos de todas as idades vêm recebendo intervenções que foram eficazes. Além disso, mais de 1000 artigos sobre autismo confirmam o sucesso da ABA.
A Analista do Comportamento, Júlia Sargi, ressalta:
“O terapeuta faz uma ponte, uma intermediação no tratamento do indivíduo. Nós vamos agir, intermediar para que essa pessoa que nos busca, possa desenvolver habilidades para viver, se relacionar no contexto que ela é inserida. Uma vez que ela faz essa ponte, nós nos retiramos e ela será capaz de atravessar essa ponte sozinha.”
No caso do autismo, isso quer dizer que para qualquer estratégia, procedimento, programa terapêutico que o profissional propor, é necessário ter base em análises científicas, e então, adequar-se ao contexto do indivíduo.
Marcelo Tas acrescenta:
“Devemos superar a nossa ignorância. A melhor prática é a educação. Campanhas claras e políticas públicas corajosas são ferramentas necessárias para o desenvolvimento de uma sociedade inclusiva. A inclusão precisa ser um assunto diário. Uma sociedade multifacetada e próspera valoriza o conhecimento e a Educação”.
Serviço
Evento Autismo na mídia – informação e conhecimento como forma de inclusão
DATA: 20/04 (Mês de Conscientização do Autismo)
Horário: 19h às 21h
Local: Teatro Oficina do Estudante – Shopping Iguatemi Campinas
O encontro é um bate-papo com o objetivo de promover discussão sobre as informações e divulgações relacionadas ao TEA (Transtorno do Espectro Autista) na mídia.
A participação é gratuita, e as vagas presenciais são limitadas, abertas para inscrição até o dia 15/04.
Para confirmar presença: acesse o Instagram do @GrupoConduzir, e clique em “Autismo na Mídia”.
O evento também será transmitido ao vivo pelo canal do YouTube do Grupo Conduzir