Adubo orgânico e espécies nativas da mata atlântica deixam a cidade mais ecológica e agradável de se viver
fotos: Carlos Bassan / Fernanda Sunega – A Usina Verde de Campinas, que produz adubo orgânico a partir de resíduos de poda de árvores, restos de frutas e lodo de esgoto, está na fase final da montagem da estrutura, que ficará completa até o fim de fevereiro. A Usina fica numa área de 17 hectares dentro da Fazenda Santa Elisa, do Instituto Agronômico de Campinas (IAC). A implantação e o funcionamento da Usina é uma parceria da Secretaria Municipal de Serviços Públicos com a Sanasa, a Ceasa e o IAC.
São cerca de 100 toneladas diárias de material recebido e transformado em adubo orgânico, que rendem aproximadamente 30 toneladas do composto.
O adubo começou a ser utilizado no cultivo de espécies arbóreas e de flores, no Viveiro Municipal, e em experimentos com sementes, no Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e agora foi ampliado e está sendo utilizado pelo Departamento de Parques e Jardins (DPJ) principalmente em canteiros e áreas onde são plantadas flores, mudas de árvores e feita troca de grama.
Transformar esses resíduos em adubo orgânico, além da riqueza de nutrientes, traz ganhos financeiros e ambientais à cidade. De acordo com o secretário municipal de Serviços Públicos, Ernesto Paulella, o material deixa de ir para aterro sanitário, liberando mais espaço, e gerando economia. E, por passar pelo processo de compostagem, deixa de gerar chorume e emitir gás metano, um dos mais maléficos à camada de Ozônio. O adubo orgânico ainda não está disponível para a população.
Campinas possui um rico Viveiro Municipal, dividido entre o de mudas de árvores e o de flores, que fica numa área dentro do loteamento Xangrilá.
Há várias espécies de árvores nativas de Mata Atlântica, como a família de ipês (roxo, amarelo, rosa, etc), pau-mulato e magnólias, por exemplo. Também há espécies exóticas (quando não são nativas) e flores, como petúnias e celósias, por exemplo. Atualmente, há mais de 1 milhão de exemplares, entre mudas de árvores e flores, no Viveiro.
As avenidas e praças do Ouro Verde ainda não estão com lindos projetos paisagísticos, como em outras regiões da cidade, mas a população pode apreciar algumas espécies, principalmente no bosque dos Cambarás, no DIC IV e no Bosque do DIC I.
Em geral, essas plantas são utilizadas pelo próprio DPJ para plantio nos parques, nas praças, nos canteiros da cidade e na reposição de árvores que necessitem ser removidas. A população pode solicitar alguma muda, se houver disponível, para retirar no Viveiro. O contato pode ser através do 156 ou DPJ, pelo número 3242-6118.