foto: divulgação – A Secretaria de Saúde de Campinas divulgou na quinta-feira, 26, um novo boletim epidemiológico de sarampo. Entre 8 de julho e 25 de setembro foram confirmados 68 casos da doença em Campinas.
Do total de casos, 20 atingiram menores de 1 ano; 18 foram crianças com idade entre 1 e 4 anos; cinco em pessoas entre 5 e 9 anos; um entre 10 e 14 anos; três em jovens entre 15 e 19 anos; 14 em pessoas entre 20 e 34 anos; outros seis atingiram a faixa entre 35 e 49 anos e um em adultos com idade entre 50 e 64 anos.
Medidas
Em todos os casos, antes mesmo da confirmação por exames de laboratório, foram desencadeadas as medidas preconizadas, que incluem o afastamento social dos casos suspeitos durante o período de transmissibilidade e a identificação e bloqueio vacinal das pessoas que tiveram contato com os casos suspeitos. O objetivo de tais medidas é interromper a transmissão.
Desde julho, em ações de bloqueio, foram aplicadas 10.285 doses de vacina contra o sarampo.
Em Campinas, desde 8 de agosto, 5.458 crianças de 6 meses a 11 meses e 29 dias receberam a dose da vacina. No total, considerando as ações em bloqueio, a intensificação em menores de 1 ano e as vacinas na rotina (62.800), foram aplicadas 78.543 doses contra o sarampo neste ano.
O Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) reforça a importância da vacinação como medida mais eficaz contra a doença. A vacina está disponível em todos os Centros de Saúde de Campinas e é gratuita. De acordo com o Devisa, é fundamental proteger, neste momento, crianças entre seis meses e 1 ano de vida com a chamada dose zero.
A vacinação de rotina, prevista no calendário vacinal, aos 12 e 15 meses, deve ser mantida independentemente de a criança ter tomado a dose zero. Adolescentes e adultos também devem manter em dia a carteira de vacinas. Quem não tem o documento, deve procurar um Centro de Saúde para orientações.
Recomendações
Pessoas com sintomas de sarampo devem procurar imediatamente o atendimento médico e manter o afastamento social. Os sinais incluem febre, conjuntivite, tosse, coriza e vermelhidão no corpo.
Situação no país
Após ter sido considerado eliminado no Brasil, o sarampo voltou a registrar casos no país em 2018, inicialmente em Roraima e no Amazonas. O impulso para o retorno da doença foi a entrada de casos importados e a baixa cobertura vacinal no Brasil. A situação fez o Brasil perder o certificado de país livre da doença, o qual havia sido entregue pela Organização Panamericana de Saúde (Opas) em 2016. Contribuiu também a disseminação de informações falsas sobre a vacina.