Assim como no caso dos humanos, a mãe canina desempenha um papel fundamental para o desenvolvimento dos pets
foto: divulgação – O relacionamento entre cadelas e seus filhotes sempre emocionou os tutores. A gestação canina dura cerca de 9 semanas. Mas, engana-se quem pensa que a relação entre a fêmea e os filhotes se resume a este período. Assim como nos humanos, o instinto maternal, também guia esse momento, sendo responsável pelas ações instintivas da mãe pet com os jovens animais.
“No momento do parto as fêmeas liberam a ocitocina. Este hormônio é responsável por despertar o sentimento de cuidado, de proteção da cria”, conta a médica-veterinária e gerente de produtos da Unidade de Pets da Ceva Saúde Animal, Nathalia Fleming.
Os cuidados da fêmea são fundamentais para o desenvolvimento dos pets. Nos primeiros momentos de vida, ela irá aquecê-los, uma vez que os neonatos ainda não possuem capacidade de regulamentação térmica e irá estimular o desenvolvimento dos movimentos musculares e a respiração por meio da lambedura dos filhotes.“Os cães nascem com seus olhos e ouvidos ainda em desenvolvimento, mas conseguem identificar odores e sentir gostos, por isso esse contato com a mãe é importante para que eles se desenvolvam ao longo dos primeiros dias de vida, afinal, ela será a referência deles”, detalha Nathalia.
Outra função muito importante desempenhada pelas fêmeas é a amamentação , além de ser o único alimento que os filhotes irão receber até os três meses, o item também é responsável por proteger os pets. O chamado colostro, que é a primeira secreção láctea produzida pelos animais logo após ao parto, é responsável por uma missão muito importante, estimular as defesas imunológicas do recém-nascido. O colostro representa de 90% a 95% da imunidade passiva que os filhotes recebem. “Isso significa que antes de iniciar o plano de vacinação a única proteção dos pets é adquirida por meio do alimento consumido logo após o nascimento” conta Nathalia.
Outro ponto importante nesta relação é a socialização. É comum achar que a educação do pet começa com o tutor, mas é nesta convivência com a mãe que o filhote aprende como se comunicar com seus pares e com outras espécies. Quando isso não acontece o filhote pode vir a ter problemas em socializar com outros animais, apresentando comportamentos de medo ou até mesmo de agressividade.
Além disso, os pets que são separados da mãe e dos irmãos muito cedo, tornam-se candidatos a ter ansiedade de separação. Por isso, o ideal é que o processo seja realizado somente após a fase de desmame, que acontece aproximadamente aos 3 meses.
“Desta forma, a fêmea não estará mais no período de lactação, o que faz com que essa separação seja menos traumática para ela e, os filhotes estarão mais desenvolvidos e na idade ideal para iniciar a vacinação, o que é fundamental para a saúde e também para a sua socialização com um “novo mundo””, explica Nathalia.
É importante ressaltar que o processo deve ser feito de forma progressiva, ou seja, os animais devem ser separados da fêmea por pequenos períodos antes de irem para o novo lar e não se deve afastar todos os filhotes ao mesmo tempo. Desta forma, institivamente a fêmea entenderá que os pets são independentes e a separação não será negativa, da mesma forma como os filhotes estarão prontos para as aventuras que o esperam em sua nova família.
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