A imunização anual dos animais é indispensável para protegê-los contra a doença
Agosto é conhecido como o mês da vacinação contra raiva canina e felina. Mas, pouco se fala sobre os perigos desta doença e como ela age no organismo dos animais. A raiva é uma doença infecciosa viral aguda, que acomete mamíferos, inclusive o homem. É causada pelo Vírus do gênero Lyssavirus, da família Rabhdoviridae.
Mas, e como os pets contraem a raiva? O contágio direto acontece por três vias: troca de secreções, contato sanguíneo ou mordida, sendo a última a via mais comum de infecção. Além disso, a doença também pode ser transmitida de forma indireta, ou seja, o pet pode ser contaminado ao lamber ou morder um objeto que teve contato com um animal com raiva, ou caso tenha um ferimento na pele que entre em contato com secreções contaminadas, ele também pode se infectar. Os principais transmissores da doença são morcegos, guaxinins, gambás e macacos, que contaminam os pets de forma acidental.
O vírus age primeiro no sistema periférico de cães e gatos, ou seja, no local da mordida. Depois, ele se replica pelo organismo até atingir o cérebro, causando uma série de reações neurológicas. “A doença age no sistema nervoso central e evolui de forma progressiva, dessa forma, o animal contaminado perde o domínio da sua capacidade física e psíquica se tornando, irritadiço, agressivo e descoordenado em todos os sentidos”, explica a médica-veterinária e gerente de produtos da Unidade de Pets da Ceva, Fernanda Ambrosino.
A salivação excessiva, um dos traços mais conhecidos da raiva, é apenas o primeiro sinal apresentado pelos cães, que manifestam os sintomas da doença de 3 a 6 semanas após o contágio. Após o início da sintomatologia a evolução da doença se divide em duas etapas: raiva furiosa e raiva paralítica.
“Nos primeiros dias os animais apresentam mudanças repentinas no comportamento, como medo, ansiedade, excitação ou depressão. Outra característica é que os animais se tornam agressivos e apresentam alterações nos reflexos. Essa fase dura em média quatro dias, após esse período, os sintomas neurológicos se acentuam. O cão pode apresentar dificuldade de engolir, salivação excessiva, falta de coordenação nos membros e paralisia. É nessa fase que a salivação excessiva começa”, detalha Fernanda.
A raiva não tem cura e não existe tratamento para enfermidade, sendo dessa forma, fatal para os animais e seres humanos afetados. Ao suspeitar que o animal está contaminado, o tutor deve buscar ajuda profissional imediatamente.
A prevenção é fundamental para manter cães e gatos protegidos. Por isso, realizar a vacinação contra a raiva é extremamente importante. No caso dos filhotes, é indicada a imunização a partir do quarto mês de vida. Já os animais adultos devem ser vacinados anualmente.
“É importante reforçar que a vacinação é uma ferramenta de prevenção contra doenças indispensável na vida dos pets. Os tutores devem realizar a revacinação anual contra raiva e seguir o calendário de imunização estabelecido pelo médico-veterinário. Atrasar ou não realizar a imunização do pet o deixará vulnerável para o contágio pelo vírus da raiva e por outros agentes”, finaliza Fernanda.
Fonte: www.ceva.com.br