Educadora financeira apresenta soluções práticas para renegociar dívidas e voltar a uma vida financeira saudável
Foto: Murilo Yamanaka ARCA – Muitas pessoas no Brasil estão com contas atrasadas e o nome negativado em instituições financeiras. Esse problema traz consequências para além do bolso, como atritos no relacionamento familiar e perturbações psicológicas, o que tira o bem-estar de qualquer um.
Se mesmo para quem tem dinheiro sobrando falar de finanças ainda é um tabu, o cenário é ainda mais delicado quando o bicho pega e as dívidas aparecem. Mas, para a economista e educadora financeira Mila Gaudencio, consultora do will bank, é possível retomar uma vida financeira organizada e de forma prática. Para isso, ela elencou algumas dicas, especialmente para você que está no Ouro Verde Mais, de como sair da inadimplência, confira:
Olhar além dos números
A especialista defende que os números são respostas para nosso comportamento financeiro. Então, se as dívidas apareceram não adianta apenas colocá-las no caderninho, é preciso buscar pelo autoconhecimento financeiro e entender os motivos que o levaram até este cenário.
“Nossa relação com dinheiro não se dá apenas por fatores racionais, há muitas emoções em jogo e, em alguns casos, as dívidas chegam e muitas vezes não sabemos como sair delas. Por isso, é necessário rever rotas e aproveitar as oportunidades de renegociação, como os feirões realizados pelos bancos”, afirma Mila.
Elencar e reavaliar finanças pessoais
Observar com atenção os gastos para identificar e priorizá-los é primordial para a criação de um plano de retorno à uma vida saudável. “É preciso olhar o que tem na linha de gastos básicos e o que tem na linha do conforto, bem como prever gastos fixos e variáveis”, sugere a consultora financeira do will bank.
Mila Gaudencio explica que, a partir do autoconhecimento financeiro, da priorização dos gastos, é possível buscar renegociações com o credor, tendo feirões de renegociação de dívidas como uma janela de oportunidade.
“Se houver muitas dívidas e não for possível arcar com todas ao mesmo tempo, que se dê o primeiro passo e faça o pagamento da dívida que for possível resolver nesse momento”, ressalta.”Mas é necessário dar o passo, buscar a solução, pois sabemos que por ser um assunto delicado e pouco discutido, as dívidas afetam muitas áreas de nossa vida e fazem, em alguns casos, que as pessoas paralisem e não busquem alternativas”, acrescenta.
Fonte: Will Bank