Médicas-veterinárias listam dicas para uma viagem segura ao lado dos cães e gatos
foto de Uriel Mont no Pexels– Viajar e recarregar as energias faz parte da rotina dos humanos e, seja para onde for, essa é uma atividade também muito apreciada pelos cães, que encaram cada saída de casa como uma oportunidade para explorar novos lugares; para eles, as viagens são sempre uma aventura incrível.
Os roteiros mais apreciados pelos tutores costumam ser aqueles que permitem o trajeto de carro. Nesse caso é importantíssimo prezar pela segurança do pet e dos outros ocupantes do veículo. Então, o primeiro passo é ter uma caixa de transporte adequada para o animal. “Além disso, também é possível usar outros acessórios específicos, como o cinto de segurança adequado ou cadeirinhas e cestinhas. O pet precisa estar acostumado ao uso desses acessórios e deve-se seguir a recomendação do veterinário de acordo com o porte do animal. O cão não pode ficar solto no veículo e nem mesmo no colo, pois isso coloca a segurança de todos os ocupantes em risco”, detalha a médica-veterinária e gerente de produtos da Unidade de Pets da Ceva, Fernanda Ambrosino.
Um ponto de atenção, antes de pegar a estrada, é a vacinação. É fundamental que o animal tenha a imunização em dia e que a carteirinha de vacinação esteja sempre em mãos. Para viagens com distâncias mais longas é aconselhável ter um atestado de saúde animal emitido por um veterinário, alguns locais inclusive exigem a documentação para liberar a entrada do pet.
A vermifugação, bem como o uso de produtos ectoparasiticidas que protegem contra a ação de pulgas e carrapatos também devem ser realizados antes do passeio. “Dessa forma o animal estará protegido contra a ação de parasitas, o que irá garantir o bem-estar e a saúde do pet durante a viagem”, afirma Fernanda.
Outra dica é preparar uma mala com todos os itens do cão, como brinquedos, os potes de água e comida, a ração que ele está adaptado, toalha e shampoo caso o animal precise de banho em algum momento, caminha ou cobertor, e os outros adereços que o pet goste e que fazem parte do dia a dia. A coleira com identificação com dados como, nome e telefone do responsável é outro item que não deve ser esquecido.
“Vale ressaltar que se o animal faz uso de alguma medicação é indicado levar uma quantidade um pouco maior do que a necessária para os dias que irão passar longe de casa, dessa forma caso haja qualquer imprevisto o animal não corre o risco de ficar sem o medicamento”, conta Fernanda.
Para que o cão tenha mais conforto durante o trajeto o indicado é que antes de viajar o tutor forneça pouca quantidade de alimento ao animal, para evitar que ele viaje de estômago cheio e passe mal no meio do caminho. “Além disso, passear e brincar bastante com o pet ajuda a gastar as energias e até mesmo pode fazer com que o cão durma durante uma parte do percurso”, conta a médica-veterinária e gerente de produtos da Unidade de Pets da Ceva, Nathalia Fleming.
Caso o cão seja sensível ao movimento do carro e sinta-se mal com frequência, o tutor poderá conversar com o médico-veterinário de confiança sobre algumas medicações específicas que podem ajudar neste momento. Além disso, os feromônios podem auxiliar para que a viagem seja mais confortável, trazendo a sensação de conforto e segurança para os pets e também na adaptação no novo lugar.
Viajar em horários mais frescos do dia, como perto do amanhecer ou anoitecer, ajuda a evitar que o pet sofra com o estresse térmico, que pode acontecer principalmente quando o sol bate diretamente sobre ele. “Vale lembrar que o animal não deve ser deixado sozinho no carro sob nenhuma condição, pois os cães não transpiram como nós e podem sofrer casos de hipertermia. Caracterizada pelo aquecimento corpóreo anormal que em casos graves pode levar o animal ao óbito”, alerta Nathalia.
As paradas programadas também devem entrar no planejamento. É indicado pausas a cada duas horas para fornecer água ao pet e permitir que ele faça suas necessidades e caminhe um pouco.
É importante também atenção ao chegar no destino. Caso o animal vá para um lugar com piscina ou lagos é preciso que os mergulhos sejam feitos com supervisão, mesmo que o pet saiba nadar. Além disso, é preciso cuidados com a pele e pelo do animal, para evitar as dermatites e, claro atenção especial as orelhas. “O excesso de umidade pode estimular o surgimento das otites, por isso, a melhor maneira de prevenir o problema é higienizar a área das orelhas dos cães com o uso de algodão e loções especiais para a limpeza, mantendo-as sempre secas e em condições ideais de umidade”, conta Fernanda.
Já no caso das viagens de avião, é importante entrar em contato com a companhia aérea para saber quais são as exigências para o transporte do pet. “Cada companhia tem o seu protocolo de transporte animal. Caso o tutor pretenda fazer uma viagem internacional com o pet é importante verificar as exigências do país de destino e das empresas aéreas. Alguns locais exigem exames específicos que precisam ser feitos com antecedência”, explica Fernanda.
Os gatos não são grandes fãs de viagens. Por serem animais territorialistas, eles não apreciam movimentações diferentes, ambientes estranhos e pessoas desconhecidas.
“Para quem tem gatos, o ideal é deixá-los sob os cuidados de um pet sitter ou contar com alguém de sua confiança que possa ir em casa trocar a água, colocar comida e limpar as caixinhas de areia diariamente”, explica Nathalia.
Caso o animal acompanhe o tutor no passeio será necessário investir em medidas que diminuam o estresse do pet, como usar feromônios espécie-específicos e
acostumá-lo o a usar a caixa de transporte com antecedência.
Para os felinos idosos, a recomendação é evitar as viagens, pois o estresse do transporte e do novo ambiente pode ser desgastante demais para os gatos e ocasionar sérios problemas de saúde.
Fonte: Ceva