A partir da próxima segunda-feira, dia 23 de abril, começam as primeiras obras físicas de implantação do Corredor BRT (Bus Rapid Transit, Ônibus de Trânsito Rápido) Ouro Verde. As obras serão concentradas na Avenida Ruy Rodriguez; e envolvem a construção da Estação de Transferência Santa Lúcia, na região em frente ao Hipermercado Extra Amoreiras, e a construção de uma ponte sobre o rio Capivari, no entroncamento com a Rua Antônia Ceregatti Albieri.
As duas obras estão dentro do trecho 2 do Lote 4 do BRT campineiro. O Lote 4 compreende os trechos 2 e 3 do Corredor Ouro Verde. O Lote 4 faz a ligação da Estação Campos Elíseos até o Terminal Vida Nova, totalizando 9,8 km de extensão. O trecho 2 vai da Estação Campos Elíseos até o Terminal Ouro Verde, com 5,7 km. E o trecho 3 liga o Terminal Ouro Verde até o Terminal Vida Nova, com 4,1 km. O responsável pelo Lote 4 , que tem valor total de R$ 104,9 milhões, é o Consórcio BRT Campinas (Artec; Metropolitana).
Serão as primeiras obras do BRT campineiro que envolvem bloqueio viário constante. Até agora, as obras do Corredor Campo Grande e Corredor Perimetral estão concentradas no antigo leito desativado do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).
“Há tempos estamos fazendo o planejamento necessário para que os impactos no trânsito sejam os menores possíveis. Já traçamos uma rota alternativa para o motorista que não quiser trafegar pelo trecho em obras da Ruy Rodriguez. Também estamos realizando um intenso trabalho de comunicação com os moradores da região e a implantação de sinalização viária no local de obras”, revela o secretário de Transportes e presidente da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas, Carlos José Barreiro.
Obras
As duas obras físicas do BRT Ouro Verde serão realizadas em paralelo, com duas frentes de trabalho. A primeira frente ficará concentrada no corredor de ônibus da Avenida Ruy Rodriguez, em frente ao hipermercado Extra. A área de obras tem 340 metros lineares, onde será construída a futura Estação Santa Lúcia. O trecho total de obras tem 1,6 km.
No local serão colocados tapumes para impedir a circulação de pedestres. Os ônibus que passam pelo corredor, tanto no sentido Centro – bairro, como também no sentido bairro – Centro, serão desviados para as vias marginais.
Ao todo são 13 linhas afetadas. São elas: 116; 118; 121; 125; 130; 131; 132; 133; 134; 136; 140; 141; e 142. A frota de veículos é de 101 ônibus. Elas transportam em torno de 62,3 mil passageiros por dia. Será desativado um ponto de parada em cada sentido; e posicionado na marginal, no mesmo sentido do ponto tradicional.
A outra obra ocorre no entroncamento da Avenida Ruy Rodriguez com a Rua Antônia Ceregatti Albieri. No local será construída uma ponte sobre o rio Capivari, no sentido Centro – bairro. Ao lado, já existe uma ponte, que será duplicada. Essa obra não afeta diretamente o viário, pois será realizada em trecho sem pavimentação.
Medidas operacionais
A Emdec programou diversas medidas operacionais para minimizar os impactos na circulação viária, na região. “Estamos tomando todo o cuidado para evitar grandes transtornos. Essa é a primeira obra do nosso BRT que interfere, diretamente, no viário. Por isso, já planejamos uma rota alternativa para os motoristas”, afirma Barreiro.
A rota normal na região de obras tem 3,56 km de extensão. Como rota alternativa, a Emdec programou desvio, no sentido bairro – Centro, pelas vias: Antônia Ceregatti Albieri, Maria Anna Cremasca Levantesi, Amoreiras, João Batista Alves da Silva Telles, Fausto Elisiário Ciribelli, Nelly Bontore e novamente a Amoreiras. Esse caminho é pelo interior dos bairros que circundam a Ruy Rodriguez, com passagem ao lado do chamado “Tancredão”. No sentido inverso, Centro – bairro, a rota também é a inversa.
A rota de desvio tem 5,06 km. “Uma diferença de 1,5 km. Isso se reflete em menos de cinco minutos de tempo a mais de percurso, comparando os dois trajetos em condições normais de trânsito. Mas, quando comparado com o tempo perdido em possíveis lentidões e congestionamento na rota normal, acaba sendo bastante positivo para o motorista”, avalia o secretário de Transportes.
A Emdec também irá proibir o estacionamento e a parada de veículos nas marginais de Avenida Ruy Rodriguez, como forma de proporcionar maior fluidez ao tráfego. A via está sendo devidamente sinalizada sobre as obras. A rota de desvio também foi totalmente sinalizada. Agentes da Mobilidade Urbana da Emdec irão circular pela região, monitorando o trânsito.
A Avenida Ruy Rodriguez tem uma circulação média diária de 42,9 mil veículos.
Dados Gerais
O BRT contempla estações de transferência e infraestrutura adequada; veículos articulados ou biarticulados; corredores exclusivos com espaços para ultrapassagens; embarque e desembarque pela esquerda (junto ao canteiro central das avenidas); embarque em nível; e pagamento desembarcado. O sistema será mais seguro, rápido, eficiente e confiável.
O BRT Campo Grande terá 17,9 km de extensão, saindo da região central, seguindo pelo leito desativado do antigo VLT, Avenida John Boyd Dunlop, passando pelo Terminal Campo Grande e chegando ao Terminal Itajaí. Serão construídas 12 obras de arte (pontes e viadutos).
O BRT Ouro Verde terá 14,6 km de extensão, saindo da região central, seguindo pelas avenidas João Jorge, Amoreiras, Ruy Rodriguez, passando pelo Terminal Ouro Verde, Camucim até o Terminal Vida Nova. Nesse trajeto serão construídas quatro obras de arte (pontes e viadutos).
Entre os dois corredores haverá um corredor perimetral, chamado de BRT Perimetral, com 4,1 km de extensão, ligando a Vila Aurocan até o Campos Elíseos, seguindo pelo leito desativado do VLT.
Os três corredores BRT do município – Campo Grande, Ouro Verde e Perimetral – tem custo total de R$ 451,5 milhões. Serão 36,6 km de corredores, com tempo total de obras de três anos, contados desde maio de 2017.
Lotes
A elaboração dos projetos executivos e realização das obras dos três corredores BRT foram divididas em quatro lotes.
Lote 1: compreende o trecho 1 do Corredor Campo Grande, que é a ligação entre a região central até a Vila Aurocan, com extensão de 4,3 km; além de todo corredor perimetral, com 4,1 km. O responsável pelo Lote 1 é o Consórcio Corredor BRT Campinas, formado pela Arvek, D. P. Barros, Trail, Enpavi e Pentágono. O valor total do lote é de R$ 88,9 milhões.
Lote 2: trechos 2, 3 e 4 do Corredor Campo Grande. Esses trechos contemplam a ligação da Vila Aurocan até o Terminal Itajaí, totalizando 13,6 km. O trecho 2 é da Vila Aurocan até a ponte sobre a Rodovia dos Bandeirantes, com 5 km. O trecho 3 compreende a ponte da Rodovia dos Bandeirantes até o Terminal Campo Grande, totalizando 6,4 km. E o trecho 4, do Terminal Campo Grande até o Terminal Itajaí, totalizando 2,2 km. Responsável: Empresa Construcap – CCPS Engenharia e Comércio. Valor total do lote: R$ 191,1 milhões.
Lote 3: trecho 1 do Corredor Ouro Verde, que liga a região central até a Estação Campos Elíseos, com 4,8 km de extensão. Responsável: Empresa Compec Galasso. Valor total do lote: R$ 66,5 milhões.
Lote 4: trechos 2 e 3 do Corredor Ouro Verde, que compreende a ligação da Estação Campos Elíseos até o Terminal Vida Nova, totalizando 9,8 km de extensão. O trecho 2 vai da Estação Campos Elíseos até o Terminal Ouro Verde, com 5,7 km. E o trecho 3 liga o Terminal Ouro Verde até o Terminal Vida Nova, com 4,1 km. Responsável: Consórcio BRT Campinas (Artec; Metropolitana). Valor total do lote: R$ 104,9 milhões.