Os animais também podem desenvolver a patologia, por isso é fundamental investir na prevenção
foto: divulgação – Cães e gatos também podem ser afetados pelo câncer. A doença caracteriza-se pela proliferação de células anormais em determinada parte do corpo do animal e todos os órgãos podem ser afetados.
Dentre os tumores mais frequentes estão os das glândulas mamárias, que afetam as fêmeas de ambas as espécies, os de pele, e os relacionados com o sistema hematopoiético, ligados ao sistema imunológico dos pets.
Assim como nos humanos, o câncer é uma doença multifatorial, que pode ter origem hereditária, por alterações do sistema imunológico, por processos inflamatórios crônicos, entre outros. É muito difícil determinar o que leva cada animal a desenvolver a patologia.
Desta forma é importante que os tutores tenham conhecimento sobre a doença, pois isso aumenta as chances da enfermidade ser diagnosticada de forma precoce. Em sinergia com o Outubro Rosa, mês de conscientização sobre o câncer de mama, a médica-veterinária, Fernanda Ambrosino respondeu as dúvidas mais comuns sobre o tema. Confira:
O câncer de mama é um dos tipos mais frequentes, sendo responsável por mais da metade dos diagnósticos nos pets. Nesse caso a doença afeta a mama ou toda a cadeia mamária do animal. Os animais afetados apresentam uma formação tumoral na região que pode ser benigna ou maligna.
Os tumores de mama têm uma tendência a aparecer em cadelas adultas, entre 4 e 12 anos. Já as gatas podem desenvolver a doença a partir de um ano. No caso dos tumores mamários a castração, antes do primeiro cio, é a melhor forma de prevenção, pois normalmente as fêmeas não castradas são as que têm maior propensão ao desenvolvimento da doença.
No caso dos machos essa é uma condição considerada rara. Mas, como as mamas dos cães também produzem hormônios, como estrógeno e progesterona, mesmo em menor proporção eles também podem desenvolver a doença. Mas, o câncer de mama é muito mais comum nas fêmeas, sendo que pesquisas indicam que cerca de 45% das fêmeas são atingidas pela doença.
Os animais afetados apresentam uma formação tumoral na região que pode ser benigna ou maligna. A doença costuma ser silenciosa e o animal pode demorar muito tempo até manifestar algum sintoma. Um sinal de alerta é a presença de nódulo na região mamária, por isso, caso perceba qualquer alteração no toque da região o tutor deve buscar ajuda profissional.
O diagnóstico do câncer, independentemente do tipo, deve ser feito por um médico-veterinário. a confirmação da doença só pode ser realizada após exames clínicos e laboratoriais. Por isso, as consultas frequentes com o profissional são imprescindíveis. Ao notar qualquer alteração no comportamento ou no corpo do animal o tutor deve buscar ajuda imediata.
O tratamento irá depender do tipo de câncer. Podendo ser indicado o uso de medicamentos, quimioterapia e intervenção cirúrgica.
A prevenção é a melhor forma de evitar doenças nos pets, e no caso do câncer não é diferente. Por isso, as avaliações periódicas com um médico-veterinário, mesmo que o animal aparente estar saudável é fundamental.
O especialista poderá identificar proativamente qualquer anomalia durante a consulta ou até mesmo solicitar exames de rotina que podem identificar se o animal possui alguma alteração de saúde. O diagnóstico precoce eleva os índices de sucesso no tratamento, garantindo mais bem-estar e aumentando a qualidade de vida dos animais.
Fonte: Ceva Saúde Animal