Com os cuidados corretos é possível evitar doenças e outros problemas
foto: Photo by Ralu Gal on Unsplash: A saúde do seu amigo de quatro patas pode ser refletida através dos pelos. É o que afirmam especialistas, que dizem ser possível identificar problemas na alimentação e de pele apenas observando-os. Segundo Thiago Calixto, um dos fundadores da Doggi, primeira rede de franquias especializada em banho e tosa do Brasil por aplicativo, o animal pode apresentar problemas de pele, queda nos pelos e até infecções se estes não forem bem tratados.
Se o comprimento da pelagem for longa, é preciso ter ainda mais atenção, já que há diferenças que precisam ser consideradas na hora de cuidar da saúde do animal e a falta de cuidados pode gerar situações graves e de difícil tratamento. Para ajudar os tutores, Calixto compilou algumas dicas com os principais pontos de atenção para este tipo de pelagem, que costuma dar muito mais trabalho do que a pelagem curta.
É, sem dúvida, um dos momentos mais importantes e que exige atenção. Ao molhar os pelos, é preciso estar atento às orelhas, uma vez que os pelos molhados podem transportar água para dentro dos ouvidos. Além de causar incômodo, o líquido pode desencadear inflamações conhecidas como otites. A dica é, ao lavar a região da cabeça, tampar muito bem as orelhas com algodão hidrofóbico, que repele a água, evitando assim a passagem de água. É normal também ocorrer queda de alguns pelos, porém, se em grande quantidade, podem exigir a ida a um veterinário a fim de identificar com maior precisão o motivo do problema.
Outro ponto de atenção importante – já que não se pode deixar nenhuma região úmida – é com o risco de provocar dermatite, queimaduras e outros problemas de pele. “É comum as pessoas pensarem que apenas a secagem com uma toalha é suficiente, mas não é. O ideal é utilizar um secador que garante a secagem correta de todas as partes do corpo, como dobras e patinhas, por exemplo, que costumam ser negligenciadas”, revela Calixto. Caso não seja possível usar um secador, o recomendado é deixar o cachorro tomar sol por um curto período. Mas vale ficar atento ao clima caso esteja quente o suficiente para fazer mal ao animal.
Se nos cachorros de pelo curto não há tanta necessidade, os de pelos longos precisam de atenção redobrada neste quesito. Aliás, o ideal é que ela se torne um hábito diário para evitar a formação de “nós” da pelagem, que pode facilitar a proliferação de pulgas, carrapatos e infecções. Por isso, transforme a escovação em uma rotina e escolha o melhor tipo de escova de acordo com as indicações e necessidades de cada raça.
Também diferentemente dos cachorros de pelo curto, a tosa deve ser feita tendo como parâmetro questões de higiene e saúde, uma vez que os pelos mais longos podem atrapalhar a visão, o olfato, as necessidades fisiológicas e os momentos de brincadeiras. “É muito importante que a tosa seja feita por um profissional, com equipamento e conhecimento técnico específico para não machucar o animal”, afirma o sócio da Doggi.
Nos dias com altas temperaturas, comuns durante o verão brasileiro, é natural que os tutores façam mais passeios com seus cachorros e passem mais tempo em praças, praias e parques. Mas atenção, pois cachorros de pelo longo costumam sofrer mais com o excesso de calor, caso seja feita tosa na máquina o cão irá sentir muito calor e o importante é que o tutor entenda que o pelo é um isolante térmico que evita que o animal perca ou receba calor em excesso. Por isso, é importante estar atento à necessidade de consumir mais água e de fazer algumas pausas durante as brincadeiras.
Fonte: Doggi